PSD, PS e CDS destacam contributo de Jaime Neves na consolidação da democracia

Partidos defendem importância de general nas intervenções que teve no 25 de Abril de 1974 e no golpe de 25 de Novembro de 1975.

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Os partidos realçam a importância de Jaime Neves e os riscos que correu no golpe de 25 de Novembro Alfredo Cunha (arquivo)

Jaime Neves morreu na manhã deste domingo, pelas 6h, no Hospital Militar, na Estrela, em Lisboa, em consequência de problemas respiratórios e o seu corpo estará hoje na capela da Academia Militar a partir das 16h. <_o3a_p>

O presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, o deputado social-democrata Matos Correia, considerou que a morte do general Jaime Neves representa “um acontecimento triste para Portugal”. <_o3a_p>

Para Matos Correia, o general Jaime Neves foi um militar “de elevada craveira, extremamente competente” e desempenhou “um papel importante na consolidação da democracia portuguesa”, principalmente com a sua acção a 25 de Novembro de 1975, “derrotando as forças que pretendiam impor um Estado totalitário” em Portugal. <_o3a_p>

“Todos os democratas devem estar gratos a Jaime Neves pela vontade que demonstrou e pelos riscos que correu no 25 de Novembro de 1975” como chefe operacional do regimento de comandos, salientou o presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, numa referência ao fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC). <_o3a_p>

O deputado João Soares, do PS, destacou a acção de Jaime Neves na revolução 25 de Abril de 1974, dizendo que o viu pela primeira vez poucos dias depois, durante a recepção popular ao líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal, no aeroporto da Portela. <_o3a_p>

“Jaime Neves teve um papel importante no 25 de Abril de 1974 e, sobretudo, no 25 de Novembro de 1975. É uma figura que merece respeito e consideração”, disse. <_o3a_p>

Na perspectiva de João Soares, o chefe do regimento de comandos no final do PREC foi também “um combatente de primeira categoria” na guerra do ultramar. <_o3a_p>

“Jaime Neves foi um oficial distinto e nunca foi um militar de secretária, independentemente das considerações que se possam fazer sobre o seu percurso”, declarou ainda o dirigente socialista. <_o3a_p>

O deputado do CDS-PP João Rebelo afirmou recordar-se de Jaime Neves como um exemplo de “brilho e coragem militar no 25 de Novembro de 1975, quando Portugal viveu sob a ameaça de um radicalismo de esquerda”. <_o3a_p>

“Teve uma intervenção decisiva para que Portugal fosse uma democracia pluralista”, frisou o deputado do CDS-PP. João Rebelo considerou ainda que Jaime Neves foi um “militar polémico”, porque “não tinha papas na língua”. <_o3a_p>

“Jaime Neves abraçou sempre a sua carreira militar com enorme dedicação”, acrescentou. <_o3a_p>

O funeral do general Jaime Neves sai na segunda-feira, pelas 15h, da Academia Militar para o cemitério do Alto de São João em Lisboa.