“Não pode haver deslumbramento quando se ganham três jogos, pode haver quando se ganha um campeonato. É uma obrigatoriedade ganhar o quarto e o quinto e é essa mensagem que passo. Acho que tudo o que foi possível fazer passou por influenciar o espírito dos jogadores, mais do que questões de treino”, disse, em conferência de imprensa.

Na antevisão da recepção ao Vitória de Guimarães, para a 16.ª jornada da I Liga, o técnico referiu que as três vitórias consecutivas “não são uma coisa fantástica” e que deveria ser algo normal num clube como o Sporting.

“Três vitórias consecutivas no Sporting deveria ser um acto normal e infelizmente não foi. A pressão aumenta, agora é diferente, porque era negativa e agora temos uma expectativa positiva”, defendeu.

Jesualdo Ferreira disse que os adversários do Sporting jogavam de uma forma “mais descarada”, em virtude dos resultados que a equipa vinha a conseguir, e espera um adversário “menos à vontade”.

“Creio que o Guimarães, como clube grande que é, vai jogar com argumentos simples, de quem está à frente do Sporting e tem objectivos de Europa. Vem é menos à vontade do que se este jogo fosse há duas ou três semanas atrás”, defendeu.

O experiente técnico foi claro: “Já ninguém se curva ao nome das outras equipas, podem é curvar-se à qualidade que elas demonstram no campo”.

O treinador dos “leões” referiu ainda que os jogadores perceberam que para conseguirem ganhar não podem deixar de ser uma equipa organizada e forte, salientando que sente os jogadores “mais disponíveis e confiantes”.

“Não se pode falar aos jogadores do Sporting com brandura, dizendo que vamos ver se ganhamos. Isso não existe numa equipa como o Sporting, aqui temos que ganhar. Os jogadores perceberam também que não podiam descer mais baixo, ou seja, houve um conjunto que factores que contribuíram para a melhoria da equipa”, salientou.

O treinador comentou também aquilo que chamou de “uma rotura do cordão umbilical” entre a paixão dos adeptos e a produção da equipa.

“O protesto foi contra uma situação de que não gostaram, pela grandeza do clube. Todos temos que tentar ser mais fortes e maiores. O Sporting é demasiado grande para ficar satisfeito com coisas pequenas. A equipa deve ser mais um elo desta ligação e não um factor de desunião”, disse.

A terminar, o técnico comentou também o jogo entre o Sporting de Braga e o Benfica, afirmando que o melhor é que a equipa que está mais perto do Sporting perca pontos.

“O mais importante para nós é ganhar o jogo, só depois é que podemos avaliar os outros resultados. Para os nossos objectivos seria melhor uma perca de pontos da equipa que está mais próxima de nós, que é o Braga”, concluiu.