Entre o que falha no pior filme que Bigelow já fez está o tratamento das personagens. Não existem, ou existem apenas como agentes da narrativa, peças para pôr aquilo a mexer. Os arremedos de psicologia são inúteis, só vêm salientar como parecem “inacabadas”, sejam os investigadores sejam os investigados. Incluindo a protagonista, Jessica Chastain, cuja “obsessão” (mera hipótese teórica) é sacrificada ao frouxo estilo “jornalístico” que Bigelow ensaia, confundindo neutralidade com ausência de ponto de vista. Quando a cineasta deixa que seja a acção a definir tudo, a coisa arrebita um bocadinho - o final, com o cerco a Bin Laden, corre bem, e por alguma razão aquele grupo de soldados, que nem nome têm, aparece mais como personagens do que todos os outros. Mas é a última meia-hora...
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: