Segunda-feira começa a avaliação dos estragos do mau tempo

O mau tempo registado no sábado provocou estragos em estufas e produções agrícolas um pouco por todo o país.

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Em Janeiro o mau tempo destruiu dezenas de estufas em todo o país Adriano Miranda

O mau tempo registado no sábado provocou estragos em estufas e produções agrícolas um pouco por todo o país, sendo uma das zonas mais afectadas a da Póvoa de Varzim, visitada já na segunda-feira pela ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas.

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, explicou que “os directores regionais já foram todos ao terreno” e têm estado a acompanhar a situação desde sábado, começando na segunda-feira o trabalho dos técnicos das mesmas direcções regionais para fazer “um diagnóstico mais pormenorizado”.

“Vai ser feito um levantamento de todos os prejuízos, de todos os estragos, de uma forma qualitativa e quantitativa, tanto ao nível global regional, como ao nível de cada produtor. Após isto temos de ver que tipo de medidas é que se pode pôr em prática para atenuar estes prejuízos”, explicou.

O secretário de Estado explicou que não é ainda possível quantificar os montantes dos prejuízos provocados pelo mau tempo e que esta quantificação, em euros, só poderá ser feita após o diagnóstico que começará a ser feito na segunda-feira.

Segundo José Diogo Albuquerque, existem “algumas medidas que têm um certo carácter estrutural que permitem intervir”, dando o exemplo do Programa de Desenvolvimento Rural, no qual está incluída “a medida da reposição do potencial produtivo”, utilizada aquando dos incêndios no Algarve no Verão de 2012.

“Esta medida permite repor o potencial produtivo destruído. Como neste caso dos incidentes que houve, a maioria afecta estufas, penso que poderá ser utilizada. Tem financiamento comunitário e é a medida utilizada neste tipo de situações”, considerou, acrescentando ser a mais adequada, uma vez que se trata de “danos, prejuízos e estragos em estruturas que são permanentes”.

A medida da reposição do potencial produtivo permite ainda, segundo o responsável pela tutela, que “os agricultores rapidamente possam comprar e substituir materiais e indemniza os agricultores com apoio público, em cerca de 75%”.

“Os agricultores que têm seguros agrícolas serão naturalmente mais protegidos do que os que não têm e por isso nós cada vez mais fazemos um enfoque grande nos seguros agrícolas, na necessidade que os agricultores têm de estar cobertos”, acrescentou.