O dirigente bloquista começou por dizer que o executivo está a colocar os portugueses perante a escolha de “querer a espada ou a parede”. “Ou aumentamos os impostos ou cortamos na despesa pública. O problema é que o Governo faz as duas coisas ao mesmo tempo", afirmou.

João Semedo questionou o primeiro-ministro sobre como é que “pode prometer expansão económica” e “alívio fiscal”, depois de terem sido conhecidas esta semana as previsões do Banco de Portugal.

“Como é que pode prometer expansão económica quando a economia regressa aos níveis do final do século passado ou início deste século. Como é que pode prometer alívio fiscal quando os portugueses começam a pagar o maior aumento de impostos?”, questionou João Semedo.

“O senhor deputado não compreende o discurso que tenho feito. Se queremos alívio fiscal temos de encontrar poupanças na despesa pública”, respondeu o primeiro-ministro.

Quanto à questão da inversão económica da recessão já este ano, referida pelo Banco de Portugal, Passos Coelho sugeriu a João Semedo que dirigisse a pergunta à instituição liderada por Carlos Costa. “Como o Governo prevê crescimento em 2014 e inversão em 2013, pergunte ao governador por que razão tem ele tanto optimismo”, afirmou Passos Coelho.