“Balas & Bolinhos" foi o filme português mais visto no cinema

O filme de Luís Ismael registou, em 2012, 256.158 espectadores e 1,29 milhões de euros de receita. A seguir, surge “Morangos com Acúçar”, de Hugo de Sousa

Foto
“Balas & Bolinhos

Os filmes “Madagáscar 3” e “Balas & Bolinhos: O último capítulo” foram os mais vistos em Portugal, em 2012, entre produções estrangeiras e portuguesas, segundo dados estatísticos do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

A animação “Madagáscar 3”, de Eric Darnell, Tom McGrath e Conrad Vernon, liderou as exibições cinematográficas em Portugal, com 632.069 espetadores e 3,7 milhões de euros de receita bruta de bilheteira.

Em segundo lugar figura o último capítulo da saga “Crepúsculo”, realizado por Bill Condon, que somou 524.944 espectadores e 2,7 milhões de euros.

O terceiro filme mais visto em Portugal em 2012 foi outra animação: “A idade do gelo 4: deriva continental”, de Steve Martino e Mike Thurmeier, com 507.110 espetadores e três milhões de euros de receita.


Entre os filmes portugueses estreados em sala em 2012, o mais visto foi “Balas & Bolinhos: O último capítulo”, de Luís Ismael, com 256.158 espectadores e 1,29 milhões de euros de receita. Abaixo deste ficou a transposição para cinema da série televisiva “Morangos com Acúçar”, por Hugo de Sousa, com 238.200 espectadores e 1,23 milhões de euros.

Com resultados muito distantes destas duas produções, o terceiro filme português mais visto foi “O cônsul de Bordéus”, de Francisco Manso e João Correa, sobre o diplomata Aristides de Sousa Mendes, com 50.919 espetadores e 254.182 euros de receita de bilheteira.

Sem apoios

Entre os dez filmes de produção portuguesa mais vistos contam-se ainda “Florbela”, de Vicente Alves do Ó, “Tabu”, de Miguel Gomes, e “Operação Outono”, de Bruno de Almeida.

Num ano que ficou marcado pela ausência abertura de concursos de apoio financeiro para o cinema português, o ICA contabilizou produções referentes a concursos de anos anteriores - concluídos ou em fase de conclusão em 2012 - como as longas-metragens “As linhas de Wellington”, de Valeria Sarmiento, e “O Gebo e a Sombra”, de Manoel de Oliveira, e as curtas “Blackout”, de João Figueiras, e “Vazante”, de Pedro Flores.

A contrastar com a ausência de apoios financeiros, o cinema português somou, em 2012, mais de uma centena de prémios e menções especiais em festivais de cinema estrangeiros.

Quanto à origem genérica dos filmes estreados em sala, a balança equilibrou-se entre a Europa (129) e os Estados Unidos (138), mas nos filmes exibidos - sem ser em estreia - o velho continente supera a produção norte-americana, com 380 contra 237.

No entanto, no que toca a receitas de bilheteira, os resultados são outros: os filmes de produção norte-americana renderam em Portugal 55,1 milhões de euros, enquanto os da Europa somaram 11,4 milhões de euros.