Mercado externo faz negócios na indústria caírem 5,9%
O volume de negócios obtido com o fabrico de automóveis baixou 13,1% em Novembro. A maior queda na indústria portuguesa registou-se na extracção de minérios de ferro.
Houve uma queda tanto nas vendas dentro do país, como fora de portas, mas é em particular pela deterioração no estrangeiro que se explica esta contracção, mostram dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
Do mercado externo surgiu a maior descida nas vendas conseguidas pela indústria portuguesa: uma diminuição de 11,2% em termos homólogos, quando em Outubro a variação tinha sido positiva, com o volume de negócios a crescer 4,4% face a Outubro de 2011.
O desempenho obtido no mercado nacional é menos acentuado: a actividade recuou 1,9% face a um ano antes, menos do que em qualquer um dos meses anteriores (quando se compara cada mês de 2012 com igual período do ano anterior).
Quanto à evolução mensal do volume de negócios nos dois mercados, a análise do INE mostra que a actividade também piorou, havendo uma descida de 5,2% entre Outubro e Novembro. O mesmo acontece se o mercado interno e externo forem analisados em separado: dentro do país, as vendas da indústria portuguesa caíram 1% e no exterior baixaram 10,6%.
A Europa é o principal mercado para a indústria portuguesa, sendo esperado para este ano um tímido crescimento da economia europeia, o que não afasta os receios de uma redução da procura, já que vários países da moeda única sofreram uma degradação das perspectivas de actividade em 2013.
Por sectores, foram poucos os que não recuaram nas vendas. O volume de negócios obtido na extracção e preparação de minérios de ferro, por exemplo, baixou 40,5% face a Novembro de 2011.
No fabrico de automóveis, reboques e componentes, a descida foi de 13,1%, enquanto nos negócios obtidos com a venda de equipamento de transporte a descida foi já de 21,4%. Onde também se registou uma quebra acentuada foi no segmento dos equipamentos informáticos, produtos electrónicos e ópticos, que caiu 20,5%. Em relação às indústrias alimentares, no fabrico de têxteis e vestuários, não há dados actualizados.