Parlamento constitui grupo para Acompanhamento da Aplicação do Acordo Ortográfico

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Enric Vives-Rubio

“A proposta foi aprovada por unanimidade. Agora, cada grupo parlamentar designará um seu representante e, na primeira reunião, talvez na próxima semana, será traçado o plano de trabalho”, disse à Lusa o parlamentar comunista, eleito pelo círculo de Lisboa.

Segundo Miguel Tiago, o grupo de trabalho ouvirá diferentes personalidades dos meios académico, literário e artístico, “e no final da sessão legislativa, em Junho ou Julho, apresentará um relatório”.

“Não podemos ignorar a justeza de algumas críticas e as resistências de elementos dos meios académico e artístico”, realçou o deputado comunista, para quem a decisão da Presidente do Brasil, em adiar para 2016 a vigência obrigatória do Acordo Ortográfico, é um sinal de maleabilidade nos prazos.

“A decisão da Presidente Dilma Roussef indica que não está cegamente a seguir os prazos e está antes a gerir a aplicação do Acordo Ortográfico no seu interesse e da sua população. Não nos afecta, pois estamos ainda na fase de implementação”, afirmou.

Segundo Miguel Tiago, este grupo de trabalho “irá ouvir a opinião de académicos, professores, escritores, artistas, jornalistas, enfim, os que trabalham com a língua, e também professores, para darem conta de como está a ser implementado nas escolas”.

O parlamentar comunista afirmou à Lusa que as conclusões do grupo de trabalho agora constituído poderão até propor um terceiro protocolo adicional ao Acordo.