Câmara de Coimbra abate palmeiras “históricas” destruídas pelo escaravelho-vermelho

Algumas das árvores abatidas no Parque Manuel Braga tinham pelo menos 20 metros de altura e foram plantadas nos anos 20.

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A praga tem destruído palmeiras um pouco por todo o país Miguel Manso

O vereador Luís Providência, que detém o pelouro Ambiente, disse à agência Lusa que cabe à autarquia remover dos espaços públicos da cidade “todas as palmeiras afectadas pela praga” do Rhynchophorus ferrugineus, o nome científico do escaravelho-vermelho.

Algumas das árvores abatidas no Parque Manuel Braga tinham pelo menos 20 metros de altura e a sua plantação remonta aos anos 20 do século passado, quando foi construído aquele espaço público, também conhecido por Parque da Cidade.

“Tem sido um problema dramático em Coimbra”, disse Luís Providência, revelando que também “tem recebido ofícios de alguns privados” a pedirem apoio para a eliminação das palmeiras nos seus jardins e quintais. Oriundo da Ásia tropical e da Oceânia, o escaravelho-vermelho tem destruído aquelas árvores exóticas “um pouco por todo o país”, salientou, indicando que uma directiva do Ministério da Agricultura impõe o seu abate e incineração, de modo a travar a disseminação do besouro.

A remoção das palmeiras do Parque da Cidade, na margem direita do rio Mondego, está a ser efectuada pela Câmara de Coimbra e por uma empresa contratada, cujos trabalhadores começam por serrar as palmas, sendo içados para o topo com auxílio de uma grua.

Nos últimos anos, dezenas de plátanos que ladeavam a Avenida Emídio Navarro, junto ao Parque da Cidade, também foram abatidos devido a uma doença que os dizimou. O Parque Manuel Braga está historicamente ligado às tradições académicas de Coimbra, por ter acolhido durante décadas as Noites do Parque, integradas na Queima das Fitas.