Cavaco acredita que emigrantes reforçam prestígio de Portugal
Paulo Portas esteve com o chefe de Estado na criação do conselho da diáspora portuguesa. Um dos principais objectivos é contribuir para o reforço da imagem do país no mundo.
“Este conselho para a diáspora portuguesa dá corpo a uma ambição que eu acalento já há algum tempo e que tenho vindo a estimular, que é estruturar uma rede de talentos e competências que existem nas comunidades portuguesas, no domínio da economia, das artes, da ciência e da política”, sustentou. O Presidente sublinhou que este conselho “desenvolve” uma ideia que foi “central” no seu discurso da cerimónia do 25 de Abril, na Assembleia da República, a de “mobilizar os portugueses para contribuírem para a melhoria da imagem e de credibilidade de Portugal no estrangeiro e darem a conhecer as potencialidades do nosso país, fatores que são decisivos para recuperação económica e para a criação de emprego”. “Tenho uma grande esperança no vosso trabalho, que irão dar o vosso melhor para o reforço da imagem de Portugal no estrangeiro”, afirmou, considerando que com a criação deste conselho se está “plantar uma árvore que vai dar frutos para Portugal”. Este conselho junta-se ao prémio empreendedorismo inovador da diáspora portuguesa e ao conselho da globalização, como instrumentos aos quais o Presidente está a associado e que servem o “reforço das relações das comunidades portuguesas e de luso descendentes espalhadas pelo mundo”, assinalou Cavaco Silva, afirmando que isso “tem sido uma grande prioridade” dos seus mandatos “desde o primeiro dia”. O conselho da diáspora portuguesa, presidido pelo empresário Filipe de Botton, define a sua principal missão como “a de agregar a imensa rede de influência mundial constituída pela comunidade de portugueses e de luso descendentes espalhados pelo mundo”.
O promotor e presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa agradeceu ao chefe de Estado, que será presidente honorário da associação, e ao ministro Paulo Portas, vice-presidente honorário, o seu “apoio inequívoco”.
O conselho, que irá reunir 300 portugueses residentes no estrangeiro e que têm “forte reputação e fortíssima credibilidade” nas sociedades de acolhimento, surge porque não há nesta diáspora “um conhecimento profundo do que se passa em Portugal”, explicou o responsável Filipe de Botton.
“Atestámos isso na última reunião que tivemos em Maio de 2012”, em que os 26 directores portugueses de empresas no estrangeiro “tinham uma imagem totalmente distorcida do que se passa em Portugal”, acrescentou o também presidente da Logoplaste.
Filipe de Botton sublinhou ainda que o objectivo do Conselho não é substituir as instituições que já existem, como o Governo, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal ou as embaixadas, mas complementar o seu trabalho, por exemplo, fazendo chegar “uma palavra discreta” a empresas que estejam a pensar investir em Portugal através de um dos conselheiros.