ERC quer ouvir Nuno Santos antes de dar parecer
O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo presidente da ERC, Carlos Magno, que em declarações à Lusa adiantou também que a destituição pelo conselho de administração da RTP do ex-director-adjunto de Informação, Vítor Gonçalves, será analisada “separadamente”, tal como a nomeação de Miguel Barroso para o cargo.
Nuno Santos será ouvido na tarde de esta sexta-feira, na ERC, no âmbito do inquérito iniciado pelo regulador ao caso do visionamento das imagens dos incidentes durante a manifestação de 14 de Novembro pela PSP, que levou o ex-director de Informação da estação a apresentar a demissão e o conselho de administração da empresa a exonerar os restantes membros da direcção de Informação. Ainda esta sexta-feira serão ainda ouvidos, no âmbito do mesmo inquérito, o diretor-geral da RTP, Luís Marinho, e o conselho de redacção da estação. A agenda cheia do regulador deverá condicionar a apreciação do parecer sobre a nomeação de Paulo Ferreira, que “poderá não estar concluído antes da próxima semana”, de acordo com o vice-presidente da ERC, Alberto Arons de Carvalho em declarações à Lusa. A ERC tem de dar parecer favorável, e vinculativo, não só à nomeação da nova direcção de Informação da RTP, mas também à destituição da anterior, o que se torna mais difícil, na medida em que o regulador está reduzido a apenas três dos seus cinco membros normais: Raquel Alexandra encontra-se em licença de parto e Rui Gomes em férias, pelo que Carlos Magno, Alberto Arons de Carvalho e Luísa Roseira terão que ser capazes de alcançar unanimidade na decisão que vier a ser tomada, sem a qual o processo de nomeação e, sobretudo, de destituição, não poderá ser consumado. Nuno Santos, o antigo director de Informação da estação pública apresentou a sua demissão, pelo que o problema, na perspetiva da ERC, se resolve com a carta de demissão do jornalista, que Carlos Magno anunciou na segunda-feira ter pedido ao conselho de administração da RTP.