Portugal vende 2 mil milhões de euros de dívida a juros mais altos
Destaque também para o facto de 1,2 mil milhões de euros em dívida ter sido colocada no mercado primário com uma maturidade de 18 meses, a maior dos três prazos em que o Tesouro emitiu dívida. Foram ainda vendidos 300 milhões de euros a 3 meses e 500 milhões de euros a 6 meses.
A medida ponderada dos juros aumentou para todos os prazos, algo que não foi “totalmente uma surpresa”, afirma Filipe Silva, o responsável pelo mercado de dívida do Banco Carregosa. Isto porque os juros no mercado secundário têm vindo sucessivamente a aumentar ao longo das últimas semanas, o que acaba por transpirar de uma forma mais acentuada para a dívida a curto-prazo como a que foi hoje emitida pelo Tesouro.
A procura foi especialmente forte nos prazos a 3 e 6 meses. Nos bilhetes do Tesouro a 3 meses, que teve uma procura de 5,1 vezes a oferta, a média dos juros aumentou dos 1,36% registados no último leilão, em Outubro, para os 1,93% contados esta quarta-feira.
No prazo a 6 meses, os 500 milhões de euros foram vendidos com a média de 2,16% - mais do que os 1,84% de Outubro - e 4,5 vezes a oferta. Por fim, na emissão de dívida a 18 meses, os juros subiram mais do que os 1,84% de Outubro.
Na emissão de dívida a 18 meses, os bilhetes do Tesouro foram vendidos com uma ténue subida dos juros de 2,97% em Outubro para 2,99% esta quarta-feira, registando-se ainda uma procura 1,9 vezes superior à oferta.