}

A Kouros é portuguesa e só veste gadgets topo de gama

Três jovens amigos do Norte do país criaram, há poucos meses, uma empresa que se dedica e desenhar e vender acessórios para gadgets. São sempre em pele (italiana) e já andam pelo mundo

Exportar para o mercado brasileiro é um dos objectivos da marca vimaranense DR
Fotogaleria
Exportar para o mercado brasileiro é um dos objectivos da marca vimaranense DR
DR
Fotogaleria
DR

“Qual é a primeira coisa que fazemos, logo após a compra de um smartphone topo de gama? Esconder toda a sua elegância com uma capa de baixa qualidade e design questionável. Não faz qualquer sentido.” Assim apresentam a Kouros os seus três sócios, todos com 24 anos, dois de Guimarães e um de Braga.

Luís Fernandes, João Cunha e David Ribeiro gostam de gadgets bem vestidos. Por isso decidiram criar uma empresa que desenha, produz e comercializa acessórios para dispositivos móveis, como smartphones e tablets, desde que de topo de gama. Há vários modelos, de cores diferentes

A Kouros nasceu, oficialmente, em Junho e tem sede na cidade Capital Europeia da Cultura 2012. Todos os produtos são em pele italiana, desenhados por Luís Fernandes e produzidos numa fábrica de calçado da região, pertencente à família de um dos três amigos. Está tudo “em casa”, algo que Luís quer que aconteça para conseguir controlar todos os processos.

Foto
Aos 24 anos, os três sócios decidiram arriscar na criação de uma empresa DR

Kouros na Plataforma das Artes

A capa mais barata custa 40 euros e a mais cara 70. Luís admite que estes preços são de um segmento topo de gama, no qual os três sócios procuram posicionar-se. “Os nossos produtos não são baratos mas são de qualidade. Esta foi a única forma que encontramos de criar um negócio com capitais iniciais reduzidos”, explica ao P3.

Pessoas entre os 28 e os 35 anos são as que têm preferido a Kouros, mais homens do que mulheres (“anda algures entre os 60% e os 40%, respectivamente”) — exactamente o perfil de cliente que tinham idealizado.

Planos para o futuro? Até, pelo menos, ao final de 2012, esta empresa vai ser incubada na Plataforma das Artes e da Criatividade, em Guimarães, podendo manter-se, também, durante 2013. O Brasil é o mercado mais ambicioso que os três jovens procuram mas, para isso, vão precisar de estabelecer acordos e parcerias com distribuidores e agentes internacionais (o mais difícil).

“Esta sempre foi uma empresa pensada para ser exportadora. Portugal não é o nosso foco porque o consumo está muito retraído”, diz Luís. E as “vendas embrionárias” já efectuadas parecem confirmá-lo: já há capas Kouros na Europa Central, na Ásia e na América. Nada como uma loja online para internacionalizar produtos nacionais.

Sugerir correcção
Comentar