Há, é verdade, qualquer coisa de Nicholas Ray no que é essencialmente uma história de dois irmãos adolescentes perdidos em busca do seu lugar no mundo: um surfista que se refugia na devoção ao divino e uma liceal a quem o terreno decepciona constantemente. E se é bonito ver Joaquim Sapinho a querer alcançar teimosamente qualquer coisa do domínio do sagrado, é doloroso ver que Deste Lado da Ressurreição se deixa cair demasiadas vezes de regresso à terra, perdido numa direcção de actores inexistente, numa direcção de fotografia desigual, sobretudo numa incapacidade de traduzir esse sagrado que se almeja em imagens que no-lo façam partilhar. Há momentos muito bonitos neste filme; mas só a espaços vêm à superfície.
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