Politécnico de Leiria sem dinheiro
O corte de 1,8 milhões de euros previsto no Orçamento do Estado para 2013 levou o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) a não realizar este ano a tradicional cerimónia de abertura solene do ano lectivo. A situação põe fim a uma tradição com 12 anos. O presidente do IPL, Nuno Mangas, realça "a violência e a insustentabilidade destes cortes", que tornam o orçamento da instituição, tal como os das outras do ensino superior "absolutamente inexecutáveis e fortemente ameaçadores da viabilidade" do IPL.
Segundo um comunicado emitido pelo IPL, "as instituições de ensino superior (IES) fizeram os seus orçamentos para o ano lectivo de 2012/2013 com base no plafond atribuído pela tutela em Julho 2012, com um corte médio de 3,2%, assumindo compromissos com estudantes, professores e outras entidades, no mínimo, até Setembro de 2013".
O mesmo documento acrescenta que, "depois da definição dos orçamentos, em Julho, as instituições do ensino superior verificaram novas alterações desses orçamentos, em Outubro, resultantes do pagamento do subsídio de Natal, do aumento em cinco por cento das contribuições para a CGA, do aumento em 1,45% das contribuições para a Segurança Social, tudo isto redundando num novo corte médio de 6,6%, ou, seja, menos 17,2 milhões de euros".
Nuno Mangas salienta que "caso esta situação não se altere, o normal funcionamento da instituição estará em causa". O IPL tem 12.000 estudantes, 900 docentes e 316 colaboradores técnicos e administrativos. Orlando Cardoso