Weekend Barber ou como dar a volta ao desemprego

Jovem portuguesa lançou, em Abril, a sua marca de calçado. Chama-se Weekend Barber e chega, em breve, a Madrid

Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria

Numa situação de desemprego (e na vida em geral) há sempre duas opções: cruzar os braços ou não cruzar. Daniela Correia, uma jovem 23 anos formada em Design de Comunicação, decidiu-se pela segunda e em Abril de 2012 lançou a própria marca de calçado, a Weekend Barber.

A ideia começou a ganhar forma na passagem de ano de 2011 para 2012: “Estava desempregada e queria arranjar uma forma de dar volta a isso”, conta Daniela ao P3. Descendente de uma família ligada ao calçado (designers e produtores), este caminho pareceu-lhe lógico, ainda que ousado num cenário de muitas incertezas.

No processo criativo estão envolvidas três pessoas para além de Daniela: Rita Luís, Sofia Duque e Francisca Sá, com idades compreendidas entre os 23 e os 28 anos, e formadas em áreas tão diferentes como Design de Comunicação, Moda ou História.

Garantem estar atentas às tendências ainda que imprimam sempre um cunho pessoal aos artigos. O objectivo principal é produzir peças intemporais e de qualidade.

Resistência e conforto

O calçado, afirma Daniela, “destina-se a quem gostar” e a forte aposta da Weekend Barber é mesmo na durabilidade das peças. Usam peles de vaca ou cabra, portuguesas e italianas, e solas flexíveis como crepe ou microfibra, de modo a criar alguma distância face ao típico calçado pesado de Inverno.

Com cerca de 20 modelos produzidos até ao momento numa fábrica em Santa Maria da Feira, e com valores que oscilam entre os 75 e os 97 euros – “um preço acessível dada a qualidade”, ressalva a jovem –, a primeira cidade a receber os produtos criados em Portugal será, curiosamente, Madrid.

Aceitam-se encomendas – de homens também – ou, se preferirem, os interessados poderão visitar o atelier de Daniela, Rita, Sofia e Francisca, situado na Rua Miguel Bombarda, número 124, no Porto, mediante marcação.

O capital inicial investido na criação da marca foi de 5000 euros, e recuperá-los é um “processo longo, que exige paciência”, termina.

Sugerir correcção
Comentar