E "A Guerra das Estrelas" continua, mas na Disney

A Disney anunciou já que tem prevista para 2015 a estreia de um sétimo filme de "A Guerra das Estrelas". E depois mais um. E outro. Três novos episódios, no total.

O negócio inclui os direitos da saga A Guerra das Estrelas
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O negócio inclui os direitos da saga A Guerra das Estrelas
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O negócio inclui os direitos da saga A Guerra das Estrelas

A Walt Disney chegou a acordo com George Lucas e vai avançar para a compra da produtora Lucasfilm, por 4,05 mil milhões de dólares. O espólio é notável e inclui todos os títulos de "Indiana Jones", "American Graffiti" ou o distópico "THX 1138".

Mas o mais relevante é mesmo "A Guerra das Estrelas", cujo culto faz do "franchise" e de todos os produtos a ele associados uma fonte contínua de lucros. A Disney anunciou para 2015 mais um capítulo da saga.

O presidente da Walt Disney Company fala num “portfólio de classe mundial”. "A Guerra das Estrelas", disse Robert A. Iger à ABC News, “é um dos melhores filmes de entretenimento familiar de sempre”. A aquisição dos direitos dos seis filmes de George Lucas contribui em muito para a crescente hegemonia da empresa no “reino da fantasia”. 

O negócio milionário com a Lucasfilm faz parte de uma estratégia de expansão da Disney, que em 2006 comprou a Pixar por 7,4 mil milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros, ao câmbio actual) e, três anos depois, fechou o negócio para a aquisição da Marvel por um valor próximo do que agora foi acordado com Lucas – 4 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros). 

George Lucas, de 68 anos, só vai receber em dinheiro metade do valor acordado. O restante será pago com acções da Walt Disney Company. São 40 milhões de acções, ao valor com que fecharam na sexta-feira na bolsa de Nova Iorque (encerrada no início desta semana devido ao furacão Sandy). O realizador norte-americano detinha a totalidade da produtora. 

O negócio dita o seu afastamento da produtora, que fundou em 1971 e através da qual produziu filmes de Steven Spielberg, Paul Schrader, Ron Howard e Francis Ford Coppola. Kathleen Kennedy, que dirigia a produtora em conjunto com Lucas, vai manter-se como presidente da Lucasfilm e terá a seu cargo a gestão da marca "A Guerra das Estrelas". 

Três novos episódios estelares 

A primeira grande novidade que sai deste negócio é o relançamento da saga. Em comunicado, a Disney anunciou já que tem prevista para 2015 a estreia de um sétimo filme de "A Guerra das Estrelas". E depois mais um. E outro. Três novos episódios, no total.

O próprio George Lucas estará envolvido no processo, como “consultor criativo”. E depois? Talvez continuem a fazer mais. A intenção é comunicada pela empresa, numa nota emitida nesta terça-feira, em declarações atribuídas a Robert A. Iger: “Acreditamos que há uma procura substancial e reprimida.

Em 2015, planeamos lançar "A Guerra das Estrelas: Episódio VII" – o primeiro sob o signo Disney-Lucasfilm. Esse será seguido pelos episódios VIII e IX – e o nosso plano a longo prazo é lançar um novo "A Guerra das Estrelas" a cada dois ou três anos.” 

“Estou confiante de que, com a liderança da Kathleen Kennedy na Lucasfilm e tendo nova casa no seio da organização da Disney,"A Guerra das Estrelas" irá certamente perdurar e florescer por muitas gerações”, afirmou Lucas, também à ABC News (que é detida pela Disney).

“Ao longo dos últimos 35 anos, um dos meus maiores prazeres foi ver "A Guerra das Estrelas" passar de uma geração para a seguinte”, disse. “É tempo de o passar a uma nova geração de cineastas. Sempre acreditei que "A Guerra das Estrelas" poderia subsistir para além de mim, e penso que foi importante tratar da transição enquanto estou vivo.”

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