Desmascarado homem que espalhou falsidades sobre tempestade Sandy

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Tempestade trouxe consigo rumores, boatos e falsidades espalhadas com facilidade na Internet Foto: Spencer Platt/Getty Images/AFP

Na segunda-feira, diz esta agência, um apoiante de Mitt Romney que vive em Nova Iorque – que registou diversos problemas devido à tempestade – difundiu através do Twitter, onde assinava sob pseudónimo, um conjunto de supostas informações que captaram a atenção de milhares de pessoas.

A bolsa de Nova Iorque estava com um metro de água. Falso. O Governador de Nova Iorque estava bloqueado num edifício. Falso. Manhattan tinha mergulhado na escuridão – o que acabou por se revelar parcialmente verdadeiro, mas não pelas razões que este anónimo dizia.

Todas estas mensagens foram apanhadas pelos 6000 utilizadores que seguiam a conta dele no Twitter e que espalharam as falsas informações para um universo muito maior.

Fatalmente, houve jornalistas e órgãos de comunicação social que foram atrás destas mensagens e transformaram em notícia o que não passava de invenção. A CNN, por exemplo, noticiou a inundação da sala de negociação da bolsa de Wall Street, o que na realidade não aconteceu.

Apesar de escrever sob anonimato, por detrás do pseudónimo ComfortablySmug (confortavelmente presunçoso), o autor das mensagens não escapou incólume e foi desmascarado pelo site Buzzfeed, que o identificou como sendo Shashank Tripathi.

De acordo com a AFP, trata-se de um gestor de fundos de pensões que é também director de campanha de Christopher R. Wight, candidato republicano ao Congresso por Nova Iorque. Este último confirmou, na terça-feira, no próprio site da candidatura, que Shashank Tripathi foi substituído pelo até agora chefe de gabinete.

Quanto a Tripathi, que foi identificado a partir de fotos não editadas encontradas na Internet, pediu desculpa pelas mensagens falsas. “Quero pedir às pessoas de Nova Iorque um sincero, humilde e incondicional pedido de desculpa”, escreveu na última madrugada. Ao que alguns responderam com uma simples pergunta: “Porquê?”

Este caso de difusão de rumores e falsidades coloca-se no mesmo plano que as "imagens espectaculares" mas falsas que inundaram as redes sociais desde segunda-feira. Também nesses casos, a falsidade espalhou-se rapidamente entre utilizadores do Twitter e do Facebook, por exemplo, mas nesses casos alguns grandes órgãos de comunicação social conseguiram travar a tempo. Ou porque as imagens mostravam um furacão a engolir Nova Iorque antes mesmo de a tempestade chegar à cidade, ou porque era claro que se tratava de fotomontagem ou porque as imagens eram reais mas referentes a outros eventos e houvesse quem as identificasse de imediato.

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