Fundação SNS promove congresso para explicar aos portugueses as ameaças ao sistema
Fundada há um ano por 69 personalidades, entre as quais o ex-Presidente da República Jorge Sampaio e ex-ministros da Saúde como Ana Jorge, Luís Filipe Pereira, Maria de Belém Roseira ou Paulo Mendo, a Fundação para a Saúde - Serviço Nacional de Saúde visa promover e apoiar a modernização e a inovação no SNS e ajudar a divulgá-lo no país.
Constantino Sakellarides, um dos promotores da iniciativa, disse hoje à Lusa em Lisboa, à margem de um debate sobre o SNS, que o principal objectivo da fundação, neste momento, é “construir um discurso tangível e verdadeiro sobre o SNS e o seu futuro” e decidiu por isso promover o seu I Congresso.
A decorrer entre 27 e 28 de Setembro de 2013 no auditório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o encontro tem como lema “SNS Património de todos”.
A prioridade, explicou, é que os portugueses “percebam o que está a acontecer, quais os riscos e o que é que a sociedade civil pode fazer para contribuir para que o SNS viva e melhore”.
“Esse discurso não está a acontecer na sociedade portuguesa. Há um conjunto de ideias desgarradas e políticas insuficientes”, lamentou.
Assumiu como meta “construir um discurso que as pessoas percebam” e que as mobilize, “porque o SNS é das pessoas, não é do Estado. O Estado é o gestor”.
Em função desta prioridade, Sakellarides admitiu que a fundação adiou para o próximo ano uma medida que o próprio anunciou em Fevereiro: a criação de uma bolsa solidária de profissionais de saúde que iriam trabalhar, alguns gratuitamente, onde fosse mais gritante a falta de pessoal.
Hoje, o responsável disse haver “um conjunto de pessoas interessadas”, mas sublinhou que a prioridade agora é a construção de um discurso sobre o SNS, pelo que depois do congresso a fundação voltará a debruçar-se sobre o assunto.