Agente Secreto 007, Ordem para Matar, 007 Contra Goldfinger, Operação Relâmpago, Só se Vive Duas Vezes, Os Diamantes São Eternos

Não era Sean Connery que Ian Fleming queria para encarnar Bond; a sua escolha teria sido o actor e dramaturgo Noël Coward. Mas o escritor acabou por dar o braço a torcer e Connery continua a ser "o" 007 perfeito, tanto à vontade de smoking como num combate violento. Na Inglaterra em transição entre o "we"ve never had it so good" de Harold Macmillan e a liberdade dos swinging Sixties, Connery encarnava as melhores virtudes da "velha Albion" quando confrontado com as ameaças da Guerra Fria, mas também introduzia uma nota imprevisível de violência latente e sexualidade sugestiva. Não querendo ficar preso à personagem e em conflito com a produção, retirou-se ao fim de cinco filmes, mas o insucesso da experiência com o australiano George Lazenby e um ordenado milionário convenceu-o a uma última aventura, "roubando" a oportunidade ao americano John Gavin. Jorge Mourinha