Se os últimos filmes de Burton têm deixado a sensação de um realizador em piloto automático, a fazer o que se espera dele, no papel Frankenweenie, expansão da sua primeira curta para longa em animação de volumes (a mesma técnica do Estranho Mundo de Jack e da Noiva Cadáver), pareceria ser uma confirmação disso. Mas se é verdade que não se descobre aqui nada que Burton já não tinha explorado antes, também é verdade que este é o filme mais pessoal e mais conseguido do cineasta em muito tempo (para nós desde O Grande Peixe). Para já não falar do luxo da animação e das fervilhantes piscadelas de olho a todas as influências que marcaram o imaginário do cineasta - resultando numa divertidíssima hora e meia que redime Burton das escolhas “alimentares” mais recentes.
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