As crateras de Maxi cavaram a diferença para um Barça super

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2. Mesmo descontando o golo madrugador, o Benfica até não começou mal. Assumiu um bloco médio/baixo (não tem poderpara impor uma solução mais radical, como a que deu a vitória ao Real Madrid na Supertaça espanhola) e tirou partido de
uma distribuição das peças (4x1x4x1 sem bola que passava a 4x1x3x2 quando Bruno César se aproximava mais de Lima)
que visava dar-lhe superioridade no miolo. Beneficiou então da exibição de Matic, que fez uma primeira parte de qualidade.

3. Mas o trinco sérvio não pode estar em todo o lado nem resolver as crateras que se foram abrindo no lado direito (Alexis saía do espaço e Maxi desposicionava-se). As habituais combinações e diagonais do Barça fizeram o resto. O defesauruguaio teve culpa no golo e voltou a estar mal nas restantes três primeiras oportunidades que o adversário construiu no
primeiro tempo. A partir de certa altura, o Benfica acusou também falta de capacidade pressionante e, no último quarto de hora, começou a ver-se uma equipa desequilibrada e a dar demasiado espaço. O primeiro tempo terminou com 69% de
posse bola para o Barça. Normal.

4. Nada mudou com a entrada de Carlos Martins e o Barça até acentuou o domínio e a vantagem, num lance em que houve génio de Messi (duas assistências para golo) e mais uma falta de atenção de Maxi na vigilância a Fàbregas.

5. A entrada de Aimar prometeu algo de diferente, mas foi fogo de vista. E percebeu-se por que razão o Barça é super.E também que o Benfica é de outro campeonato. Porque Luisão fez demasiada falta e porque não é fácil mudar o ADN de um dia para o outro a quem investe normalmente num jogo vertiginoso e não está habituado a ser dominado (o Barça terminou com 74% de posse de bola). Talvez isso explique o excesso de conformismo no segundo tempo.

bprata@publico.pt
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