O presidente deste instituto da Universidade Técnica de Lisboa determinou o arquivamento do processo e aplicou uma medida de “advertência sem consequências disciplinares”.

Pedro Afonso, um jovem de 20 anos, “reconheceu ter usado expressões inapropriadas” na quarta-feira, quando Passos Coelho entrava no edifício para assistir a uma homenagem a Adriano Moreira, explica o ISCSP em comunicado.

A opção por uma “advertência sem consequências disciplinares” teve em conta “a conduta anterior do estudante e as suas declarações em processo”, lê-se no mesmo comunicado.

O episódio aconteceu na semana passada, quarta-feira. O ISCSP organizou uma cerimónia de homenagem a Adriano Moreira e o primeiro-ministro foi convidado — à chegada houve alguns assobios de alunos e Pedro Afonso, que se encontrava a alguns metros, insultou o chefe do Governo. O que se passou de seguida apareceu nos noticiários das televisões: um elemento da segurança pessoal do primeiro-ministro dirigiu-se ao aluno (para o levar para a rua) e a um repórter de imagem (“Não me filmas a cara”, disse o segurança enquanto tentava tapar a câmara e empurrava o repórter).

A Inspecção-Geral da Administração Interna abriu processos de averiguações sobre a actuação do segurança, na sequência de uma queixa apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas. Os resultados ainda não são conhecidos.

Já o ISCSP anunciou posteriormente que abriria um processo de inquérito ao aluno. Ontem, Pedro Afonso foi ouvido pelo presidente do instituto, Manuel Meirinho. Hoje foram conhecidas as conclusões.