Acidente de avião no Nepal mata 19 pessoas
Este é já o sexto desastre aéreo fatal em menos de dois anos no Nepal, onde mais de uma dezena de pequenas empresas aéreas privadas enfrentam com frequência difíceis condições atmosféricas para chegar a zonas montanhosas onde não é possível aceder por estrada. A esmagadora maioria destes voos é usada por turistas adeptos do montanhismo.
O aparelho que hoje se despenhou, um bimotor Dornier operado pela empresa Sita Air, levava a bordo 16 passageiros, incluindo sete britânicos, cinco chineses e quatro nepaleses, mais três membros de tripulação, todos estes de cidadania nepalesa. O avião, que tinha por destino Lukla, uma “porta de entrada” para o Evereste, despenhou-se no leito de um rio, nas proximidades do aeroporto de Katmandu, e acabou por se incendiar.
As autoridades do aeroporto de Katmandu precisaram que o piloto comunicou com os controladores aéreos pouco antes de se despenhar, explicando que tinha chocado com um abutre durante a descolagem. Por seu lado, o chefe da polícia nepalesa, Binod Singh, avançou que “muito provavelmente o piloto tentou aterrar em segurança junto ao rio mas infelizmente o avião incendiou-se”.
Esta é também a segunda tragédia a ocorrer no país em menos de uma semana, depois da avalanche que matou no domingo passado pelo menos 11 pessoas, na esmagadora maioria turistas estrangeiros, num dos picos dos Himalaias.
O Outono constitui o período mais forte do turismo no Nepal, onde se situam oito dos 14 mais altos picos do mundo, o que atrai cerca de 500 mil turistas por ano. O turismo de montanha representa cerca de 4% da economia do país.