Construtora Soares da Costa com prejuízo de 17 milhões no primeiro semestre
A empresa ressalva no entanto que este forte prejuízo resulta sobretudo de custos não recorrentes, do efeito extraordinário das rescisões de contratos de trabalho (6,4 milhões de euros relativos a 312 trabalhadores), de custos de natureza fiscal de um processo de 2001-2005 (8,7 milhões), bem como da alteração da contabilização da concessão da ex-scut da Beira Interior.
Mas, mesmo sem estes valores, o resultado líquido mantém-se negativo, mas a um nível muito inferior, da ordem dos 400 mil euros, segundo o documento que a empresa disponibilizou hoje no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As más notícias não se ficam por aqui, pois os resultados operacionais da empresa caíram 8,8% face ao primeiro semestre de 2011, para 28,6 milhões de euros, mesmo quando expurgados dos efeitos extraordinários acima referidos.
O volume de negócios neste período ficou em 411 milhões de euros, não muito distante dos 419,4 alcançados no primeiro semestre do ano passado. O EBITDA (ganhos antes de impostos, depreciações e amortizações) caiu de 47,5 milhões para 21,6 milhões de euros (o que corresponde a uma margem de 5,3%), mas quando expurgado dos eventos não recorrentes acima assinalados, regista uma subida homóloga, de 48 milhões para 54,3 milhões de euros.
A empresa destaca que o volume de negócios fora de Portugal representou 70% da sua actividade no primeiro semestre, ascendendo a 288 milhões de euros (mais 11% do que no primeiro semestre de 2011). Estes valores beneficiam de uma forte recuperação do volume de negócios em Angola e nos EUA no segundo trimestre deste ano face ao primeiro, de respectivamente 17% e 20%.