Nuno Santos “surpreso” com plano do Governo para RTP

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Nuno Santos esteve duas horas e meia na ERC Foto: Rui Gaudêncio

Segundo Nuno Santos, o actual plano de sustentabilidade e reestruturação em curso na empresa não fazia prever o cenário de concessão, anunciado quinta-feira à noite pelo conselheiro do Governo para as privatizações, António Borges. A avançar, este cenário deverá ter também implicações ao nível das rádios propriedade do Estado.

O director de informação da RTP garantiu ao PÚBLICO que “esta possibilidade não estava em cima da mesa” e que “tem alguma dificuldade em entendê-la”, até porque a empresa “já custa muito menos do que em 2011”, quando arrancou o plano de reestruturação. “Para 2013 a realidade orçamental será ainda mais diferente. Será mais apertada, terá outros condicionalismos”, disse.

Santos frisou ainda que “a RTP é uma empresa a emagrecer há dez anos” e que provou ser possível reduzir custos sem deixar de “prestar um bom serviço público às pessoas”. Na sua opinião, o Estado “no caso da RTP, na última década, foi um belíssimo gestor”.

Sobre eventuais despedimentos e quebra na qualidade de informação, área pela qual é responsável, Nuno Santos disse haver “alguma inquietação” na redacção da TV pública, mas que é preciso apostar “em factos e não em cenários” e será “sensato esperar por uma decisão final por parte do Governo”.

O assunto será discutido pelo Conselho de Redacção da RTP na próxima segunda-feira, seguindo-se, na quarta-feira, uma reunião da comissão de trabalhadores da RTP.

O PÚBLICO tentou também contactar Francisco Pinto Balsemão e Miguel Pais do Amaral, dos grupos proprietários da SIC e da TVI, mas não obteve até ao momento qualquer resposta.

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