Carlos César é mandatário do PS mas não é candidato a deputado regional
Depois de o PS-Açores ter escolhido Vasco Cordeiro como candidato a presidente do governo regional, Carlos César sai também do Parlamento Regional, de acordo com a lista socialista de candidatos a deputados por São Miguel hoje apresentada.
“É um testemunho da minha parte de conferir às novas gerações, com novas ideias, novas energias e novas políticas, a responsabilidade de conduzir a região nesta fase difícil, em que a inovação e o entusiasmo são muito necessários”, afirmou Carlos César, em declarações aos jornalistas depois de ter entregado no Tribunal de Ponta Delgada, como mandatário, a lista candidata pelo círculo de S. Miguel.
Carlos César anunciou a 7 de Outubro de 2011 que não pretendia candidatar-se à presidência do governo regional.
A lista socialista em S. Miguel é encabeçada por Vasco Cordeiro, ex-secretário regional da Economia. A 8 de Outubro passado, um dia depois de Carlos César ter anunciado que não seria de novo candidato à presidência do governo dos Açores, o Secretariado e a Comissão Regional do PS-Açores aprovaram por unanimidade o nome de Vasco Cordeiro.
“O que se passa hoje é um pouco como o que se passa nas famílias, Em determinada fase das nossas vidas, achamos que os nossos filhos fazem melhor do que nós, têm mais energia que nós e a nossa função, como mais velhos, é dar-lhes estímulo, transmitir a nossa experiencia, aconselhar, mas é um caminho novo que deve ser feito pelas novas gerações”, frisou Carlos César.
O líder regional socialista salientou que “é isso que o PS está a fazer nos Açores, concitando uma nova geração e pedindo aos açorianos que apoiem esta mudança”.
Carlos César, que mantém ainda o cargo de presidente do PS-Açores, assumiu a presidência do Governo Regional em 1996, estando agora a terminar o quarto mandato.
Na declaração que apresentou em Outubro de 2011, afirmou que decidiu afastar-se para honrar os compromissos assumidos nos termos da “ética dos cargos públicos”. “Afirmei, após a minha eleição em 2008, que não seria recandidato”, recordou, na altura, destacando também ser sido o autor da proposta de inclusão da limitação de mandatos sucessivos no Estatuto Político-Administrativo dos Açores.
“Somos a única região autónoma que cumpriu a obrigação constitucional de adequar o seu Estatuto Político-Administrativo à Lei Fundamental. E, ao fazê-lo, não nos esquecemos de que a ética da lei da República exige a disponibilidade para se abandonar o cargo público exercido”, afirmou Carlos César na altura em que anunciou que não se iria recandidatar.
Notícia actualizada às 11h49