Ministro das Finanças diz que a Grécia deve manter-se na zona euro

“Temos de nos manter vivos e continuar sob o chapéu do euro, porque é a única escolha que nos pode proteger da pobreza que não experimentámos”, afirmou Stournaras ao semanário Kyriakis.

O governo grego tem de cortar despesas na ordem dos 11,5 mil milhões de euros entre 2013 e 2014 para obter a nova tranche de ajuda da ‘troika’.

“Se não tomarmos medidas... então a nossa permanência no euro está ameaçada”, disse Stournaras.

Os cortes impopulares, que na sua maioria deverão sair dos salários, pensões e benefícios, são a fonte de fricção no governo de coligação, mas Stournaras descreveu essa situação como uma dificuldade, mas que é uma escolha necessária.

“Temos o Estado Social mais elevado da zona euro. Não podemos manter isso com dinheiro emprestado”, disse.

Os membros da ‘troika’ - composta pelo Banco Central Europeu (BCE), União Europeia (UE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - visitaram Atenas em Julho e regressam à capital grega em Setembro.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, vai encontrar-se em Atenas com o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que disse ao diário austríaco Tiroler Tageszeitung, no sábado, não acreditar que a Grécia abandone a zona euro.

Samaras irá viajar até Berlim para se encontrar com a chanceler Angela Merkel, na próxima sexta-feira, véspera de um outro encontro com o presidente francês, François Hollande, em Paris.

O chefe de governo grego pretende discutir com os dois líderes a possibilidade de prolongar por mais dois anos os cortes previstos no plano de austeridade.

Até agora, a Alemanha está irredutível em relação a prazos caso a Grécia pretenda manter as ajudas.