O romance do prémio Nobel australiano Patrick White que se adapta em O Coração da Tempestade é um clássico da literatura dos Antípodas - mas, filmado pelo veterano Fred Schepisi (A Casa da Rússia), é apenas mais uma história de decadência de uma família aristocrática desajustada dos tempos modernos (que, aqui, são os anos 1970), com os filhos ausentes a regressarem a Sydney na esperança de lucrarem com a morte anunciada da matriarca com a qual sempre tiveram uma relação tempestuosa. É um jeu de massacre assaz convencionalmente montado e filmado, ao qual nem falta o segredo misterioso no passado da matriarca, que vive acima de tudo do excelente elenco reunido, exemplarmente modulado e gerido por Schepisi. E, sobretudo, da composição assombrosa de uma Charlotte Rampling imperial de vulnerabilidade e desafio, primeira entre pares num filme onde não faltam bons actores (e que bom é voltar a ver Judy Davis).
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