Brave

Talvez seja só uma questão de andarmos mal habituados. Mas a “baixa de regime” dos lados da Pixar começa a ser preocupante: o estúdio de Wall-E ou Monstros & Companhia parece ter entrado num piloto automático do qual Indomável - mesmo que acima da média da concorrência - não o consegue salvar. A questão é muito simples: da companhia de Emeryville esperamos sempre mais do que “apenas” um filme de animação, esperamos qualquer coisa que transcenda as suas convenções. Em vez disso, depois de um Carros 2 muito pouco inspirado, sai-nos o que podia ser um bom filme da “ressurreição” Disney dos anos 1990. OK: é verdade que a Disney não se teria provavelmente dado ao trabalho de convocar um elenco inteiramente escocês para dar voz (na versão original) às personagens ou de colocar o seu proverbial cuidado quase maníaco no extraordinário aspecto visual. No resto, no entanto, esta história de uma maria-rapaz reguila que resiste ao seu destino de princesa e acaba por pôr em risco o reino dos pais vê-se com prazer, mas sem o rasgo que nos habituámos a esperar da Pixar. E é pena.

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