Segundo o comunicado da organização, esta segunda-feira divulgado, o júri, constituído por Alessandro Rabottini, curador do GAMeC (Bergamo), Carolina Rito, curadora independente (Londres), Elena Filipovic, curadora no Wiels (Bruxelas), Filipa Loureiro, curadora do Museu de Serralves (Porto) e Lorenzo Benedetti, Director do Kabinetten van De Vleeshal (Holanda), decidiu por unanimidade distinguir estes quatro trabalhos.
Cada vencedor receberá uma bolsa de produção no valor de 7500 euros, que lhe permitirá produzir os projectos, que serão depois apresentados, em Novembro, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, numa exposição comissariada por Carolina Rito e com o mecenato exclusivo do Banco Espírito Santo.
Diana Carvalho (Lisboa, 1986) apresentou a concurso um projecto a materializar em fotografia analógica ampliada a partir de processos digitais (jacto de tinta sobre papel ou projecção slide). As imagens correspondem a planos, muito semelhantes, de uma piscina que pertence ao Clube Aquático Bosque da Saúde, em São Paulo (Brasil) e que a artista captou desde a varanda da sua casa em Novembro de 2011.
Já Joana Escoval (Lisboa, 1982) pretende desenvolver um projecto que parte da observação do Aquário Vasco da Gama, mais especificamente de dois cavalos-marinhos aí residentes. Segundo a artista, “propõe-se a reflexão sobre um conjunto de situações que ocorrem dentro daquele pequeno espaço subaquático, numa perspectiva essencialmente espacial e pictórica para a construção de composições vídeo – seguindo os ritmos de cor/luz, movimento e textura vividos naquele cenário.
O terceiro projecto distinguido, de Tiago Casanova (Funchal, 1988) apresenta um projecto, traduzido em fotografia analógica e em filme, que “pretende questionar o significado de memória através do cariz documental da fotografia, explorando conceitos como perdidos e achados, recuperação, restauração, conservação e destruição de arquivos pessoais e de memórias.”
Por fim, a dupla formada por Mariana Caló (Viana do Castelo, 1984) e Francisco Queimadela (Coimbra, 1985) apresentou a concurso o projecto de uma instalação vídeo intitulada “Observatório do Desconhecido”. Em três ecrãs veremos desfilar, nas palavras dos artistas, “imagética relacionada com a noção de descoberta e revelação do desconhecido, desenvolvida no panorama cultural português ao longo dos tempos.
Esta é a oitava edição do BES Revelação, que se destina a todos os artistas até aos 30 anos.