GodZ é um jogo português para o Facebook e chega em 2013
Primeiro jogo de estratégia para o Facebook criado por empresa portuguesa estará online no início de 2013. GodZ quer chegar a um novo nicho de mercado na rede social
Há quase dois anos que Pedro Fernandes e Pedro Lopes não fazem mais nada a não ser pensar e trabalhar num jogo para o Facebook. Godz, que deve entrar em testes até ao final do ano e estar online a partir do início de 2013, é o primeiro jogo de estratégia, para esta rede social, criado por uma empresa portuguesa.
Pedro Fernandes e Pedro Lopes, amantes de jogos, detectaram uma ausência no segmento dos jogos para o Facebook. “A maior parte dos jogos nesta rede social não surge com uma componente de estratégia, apesar de existir uma comunidade grande de jogadores que a apreciam”, refere Pedro Fernandes, em entrevista ao P3.
Estava encontrado um nicho de mercado e aos dois Pedros faltava apenas transformar a ideia num negócio, “em algo que pudesse ser bom, bonito e rentável”. Um dos primeiros passos foi a criação de uma empresa, a Yucca Tech, hoje com seis pessoas, e o apoio do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), na ordem dos 500 mil euros, permitiu a concretização de GodZ.
Os dois amigos e engenheiros informáticos decidiram, assim, apostar no projecto a tempo inteiro e abandonaram os antigos empregos (ambos têm mais de dez anos de experiência na área da consultoria informática) para se dedicarem ao universo GodZ.
Social mas não casual
Apesar de ter o mesmo princípio social dos outros jogos para o Facebook, GodZ “não é casual ao nível, por exemplo, do Farmville”, define Pedro Fernandes. Não sendo “totalmente de estratégia”, vai tentar apelar a um público que gosta de estratégia “mais hardcore”.
Vai ser possível jogar o jogo todo de forma gratuita, o que não quer dizer que tudo seja gratuito, ou seja, vão existir certos produtos ou itens que serão pagos e que darão mais valias aos jogadores”, explica. GodZ é uma história e tem uma sequela que já está a ser contada, de duas em duas semanas, em “comic strips” lançadas na página do Facebook do jogo.
Ao contrário de outros jogos sociais, GodZ tem um fim. “Independentemente do rumo ou das acções que o jogador fizer ao longo do jogo, existe uma história paralela que se desenrola por capítulos “A história assenta em deuses e o jogador, quando entra no jogo, vai escolher os poderes de um de três deuses e jogar com ele”, conta o engenheiro de 38 anos, acrescentando que é ainda possível juntar-se a religiões ou, até, fundar alguma. A grande vilã do mundo GodZ é Afexha, a deusa da morte.
No futuro próximo, da Yucca Tech podemos esperar, pelo menos, mais três jogos, uma vez que o projecto implica o desenvolvimento de quatro em dois anos. Entretanto, a empresa vai prestando outros serviços, com vocação para os média sociais.