2012 é o segundo pior ano de incêndios do último decénio

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A análise por distritos mostra que o maior número de ocorrências foi registado no distrito do Porto Adriano Miranda

Estes dados constam do Relatório Provisório de Incêndios Florestais, divulgado no final da semana passada pela Autoridade Florestal Nacional-Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade. Não incluem, obviamente, os números referentes aos fogos mais recentes, registados na Madeira e na região do Algarve, que tornariam o balanço ainda mais pesado.

Na sua análise, aquela estrutura explica a situação pelos elevados valores de ocorrências registados em Fevereiro e Março – período em que Portugal estava em anormal situação de seca severa e extrema. O mesmo se verificou em Abril, mas nesse mês a área ardida foi substancialmente inferior às médias mensais da última década (766 contra 1.182 hectares).

Na primeira quinzena de Julho, por seu lado, registaram-se 881 incêndios, o que é menos de metade do número médio de ocorrências do decénio para o mesmo período de tempo. Nessas duas semanas arderam 749 hectares de espaços florestais (9 por cento da média dos 10 anos nessa primeira quinzena).

Do total de incêndios registados este ano, 2.880 foram florestais e os restantes 9.086 simples fogachos. Relativamente à área ardida, 21.879 hectares eram matos e os restantes 15.067 hectares povoamentos.

A análise por distritos mostra que o maior número de ocorrências foi registado no distrito do Porto (2.329), das quais 89 por cento correspondiam a fogachos (áreas perdidas inferiores a um hectare). Outros quatro distritos foram atingidos por mais de mil ocorrências: Aveiro, Braga, Vila Real e Viseu. Os distritos de Bragança e Guarda são os únicos onde o número de incêndios florestais foi superior ao dos fogachos. Quanto a áreas ardidas, cerca de 52 por cento dos 36.946 hectares localizam-se nos distritos de Braga (7.852 hectares), Bragança (6.114) e Vila Real (5.177).

No capítulo dos grandes incêndios (área afectada superior a 100 hectares), verificaram-se até 15 de Julho 64 ocorrências (44,6 por cento do total). Os 16.479 hectares ardidos em grandes incêndios consumiram em partes quase iguais áreas de povoamento (8.195 hectares) e mato (8.284 hectares).

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