Novo director no Instituto Gulbenkian de Ciência
O Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, vai ter a partir de Outubro um novo director. O britânico Jonathan Howard, até agora no Instituto de Genética da Universidade de Colónia (Alemanha) e que já fazia parte do conselho científico do IGC, substituirá António Coutinho, à frente da instituição desde 1991. Howard, de 69 anos, é zoólogo de formação e doutorado em imunologia.
A mudança foi anunciada ontem pela Fundação Calouste Gulbenkian, no dia em que o seu conselho de administração aprovou o novo modelo de gestão que dá mais autonomia ao IGC. "O novo modelo vai permitir uma maior autonomia para estabelecer parcerias de médio e longo prazo e para angariar fundos externos", diz o comunicado da fundação, defendendo que esta mudança vai "reforçar o investimento financeiro do instituto". António Coutinho vai manter-se ligado ao IGC, passará a integrar o conselho científico e o novo conselho de gestão, que terá como responsabilidade reforçar esta captação de fundos.
Em 2011, quando o então presidente da fundação Rui Vilar anunciou que o IGC iria tornar-se um organismo autónomo, António Coutinho referia ao PÚBLICO que "o IGC podia ser gerido de forma mais flexível com regras administrativas diferentes das da fundação". E não punha de parte a possibilidade de ter outros parceiros além da fundação.
O conselho científico do IGC terá mais alterações: Sydney Brenner, Nobel da Medicina que o presidia, será substituído por Kai Simons, já membro do conselho e ex-director do Instituto Max Planck de Dresden.