Fábrica Braço de Prata celebra cinco anos com actividade até sábado
Cerca de 40 artistas das áreas da música, teatro e performance de rua vão actuar no espaço. Está ainda prevista a criação de uma “peça de arte em tempo real” e uma feira do livro manuseado
A Fábrica de Braço de Prata, em Lisboa, celebra cinco anos de existência, a partir de hoje, com uma programação de espectáculos, lançamentos de livros e uma colagem mural de imagens, para recordar a história das instalações.
De acordo com a organização do centro cultural privado, inaugurado em 2007 naquela antiga fábrica de equipamento militar, a programação de eventos começa hoje, às 21h30, e prolonga-se até sábado.
Cerca de 40 artistas das áreas da música, teatro e performance de rua vão actuar no espaço até sábado à noite, e está prevista a criação de uma “peça de arte em tempo real”, e uma feira do livro manuseado.
Desactivada em 1990, a Fábrica de Braço de Prata, assim chamada por se localizar no bairro com o mesmo nome, em Lisboa, inclui uma livraria, restaurante, salas de exposições, auditório e salas de cinema e teatro. De acordo com um balanço da organização, ao longo destes cinco anos, mais de 300 mil pessoas passaram pelas instalações da Fábrica para assistir a cerca de cinco mil espectáculos, 400 exposições, debates, conferências, lançamentos de livros e ateliers.
Para celebrar a data, a organização pediu ao público que tenha imagens dos eventos passados nos últimos cinco anos — desde fotos, desenhos, filmes e textos — para os levar e colar nas paredes da entrada de três salas das instalações.
A estes serão acrescentados, nos próximos meses, centenas de documentos que a organização tem estado a recolher sobre os mais de cem anos da Fábrica de Braço de Prata. Hoje, a partir das 21h30, actuará ao piano Chico Pellegrini, Catherine Morisseau e Irene Trascasa (piano e voz), Sílvia Nazário e Cláudio Kumar (voz e viola), Catarina Molder e Nuno Barroso (voz e piano) e Júlio Resende e convidados (piano, contrabaixo, bateria e sopros).
Vão ainda actuar a Companhia de Teatro O Bando, Nicole Eitner (voz, piano e violino), o Grupo Normal, com Mick Trovoada e Rogério Pires (percussão e viola), Daniel Schvetz (piano solo), e Mr. Blues (guitarras, bateria e voz).
A Fábrica do Braço de Prata, livraria, galeria e ponto de encontro cultural, foi alvo de vários artigos na imprensa estrangeira, desde a sua fundação, destacando-se o artigo no suplemento de viagens do New York Times, a 13 de Julho de 2008 “Lisbon Comes Alive”, integrando desde então as listas “What do do”, do jornal norte-americano, sobre Lisboa.