Paulo Pereira Cristóvão demite-se

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Dois meses depois do "caso Cardinal", Pereira Cristóvão demitiu-se Foto: Nuno Ferreira Santos

“Hoje mesmo apresentei a minha renúncia ao mandato de vice-presidente do Sporting Clube de Portugal”, revelou Pereira Cristóvão, em conferência de imprensa na sala de imprensa de Alvalade. Da direcção "leonina" apenas estava na sala Pedro Cunha Ferreira (vogal), para além de Fernando Mendes, líder da claque Juventude Leonina.

Esta posição surge dois meses depois de o dirigente leonino ter sido constituído arguido no chamado caso “Cardinal”, em que terá sido montada uma armadilha ao árbitro assistente que estava designado para um jogo da Taça entre o Sporting e o Marítimo.

Foram depositados 2000 euros na conta de Cardinal, a partir de uma agência bancária na Madeira, suspeitando-se que esse depósito foi feito por pessoas ligadas a Pereira Cristóvão.

Num primeiro momento, o dirigente leonino pediu a suspensão do mandato, mas dias depois voltou atrás, sendo reintegrado, apesar de Godinho Lopes, presidente do Sporting, ter dito várias vezes que, se estivesse no lugar de Pereira Cristóvão, se teria demitido.

“A minha inocência é algo que ninguém me pode tirar”, insistiu hoje Pereira Cristóvão, acrescentando: “A minha inocência e bom nome jamais podem estar acima do Sporting.”

O dirigente disse que o “timing” da demissão foi escolhido por si, para ter tempo de terminar a negociação de vários projectos.

Pereira Cristóvão disse ainda ter sido vítima de intrigas e manipulações. “Os sportinguistas saberão fazer a destrinça entre a manipulação e a verdade”

Notícia actualizada às 19h12