Miroslav Klose espreita um lugar na história apesar do papel secundário na Alemanha
O futebol é como o Olimpo, repleto de deuses e lendas. Há quem não tenha visto Franz Beckenbauer, Bobby Charlton ou Puskás, mas nem tudo está perdido: ainda há jogadores a escrever o seu lugar na história e a competir com essas lendas do passado. No próximo sábado, Portugal vai estrear-se no Euro 2012 frente à poderosa Alemanha, mas também vai defrontar um jogador que sonha ser o melhor marcador da história da Mannschaft: Miroslav Klose.
Depois de ter ameaçado o recorde de golos em Campeonatos do Mundo de Ronaldo "Fenómeno", o avançado da Lazio está apenas a seis golos de Gerd Müller, que marcou por 68 vezes pela selecção germânica.
O último alemão que cobiçou o trono do "Bombardeiro" foi Jürgen Klinsmann, mas não passou dos 47 golos. É provável que Klose comece o Europeu sentado no banco, mas é sempre um jogador a ter em conta.
Na lista dos melhores marcadores das fases finais dos Campeonatos Europeus mora um português, que sempre foi criticado por marcar poucos golos: Nuno Gomes. O ex-capitão do Benfica está no lote dos seis golos ao lado de nomes como Kluivert, Henry e Van Nistelrooy. Mais eficientes, só Alan Shearer (7) e Michel Platini (9, todos no Euro 1984).
Milan Baros, que marcou por cinco vezes no Euro 2004 em Portugal, é o único dos jogadores acima referidos que estará presente na competição que se avizinha e, por isso, terá o objectivo de melhorar os seus números.
Perto, com quatro golos, estão Rooney, que falhará os dois primeiros jogos (França e Suécia), Zlatan Ibrahimovic e David Villa, que não vai estar presente, devido a lesão. Já o capitão da selecção portuguesa, Cristiano Ronaldo, leva três golos nos Europeus (tal como o russo Pavlyuchenko) e certamente ambiciona deixar a sua marca.
Para os mais cépticos do futebol de ataque ou para aqueles que defendem cegamente a solidez defensiva, há um outro dado a ter em conta. Em 13 Europeus, foram nove as vezes em que os campeões tiveram o melhor ataque da prova (Espanha em 1964 e 2008, Itália em 1968, Rep. Federal da Alemanha em 1972, 1980 e 1996, França em 1984 e 2000 e Holanda em 1988).