À semelhança daquilo que já fazem as plataformas da PlayStation 3, iTunes e Xbox 360, a estratégia da Nintendo parece agora infiltrar-se massivamente nos jogos em rede, onde os seus rivais levam vantagem pelo simples facto de lá terem chegado antes.

“A Nintendo está a ficar para trás na área dos jogos online. A ideia de entrar em campo é boa, mas a pergunta é se a empresa pode gerar receitas”, indicou à Reuters o especialista Hajime Nakajima, da Iwai Cosmo Securities.

Esta aposta na Miiverse sugere que a Nintendo - criadora do império Super Mário - está a contar alavancar as suas receitas com os conteúdos online, indica ainda a Reuters.

Depois de ter sido apresentada há cerca de um ano, a consola Wii U tem recebido até agora uma fria recepção por parte dos investidores, preocupados com o facto de poder haver poucos consumidores a querer comprar este hardware num sector multi-milionário que tem de competir com gadgets móveis como tablets e smartphones.

“Algumas pessoas poderão perguntar se o Wii U é uma simples evolução da Wii ou algo completamente diferente. Acredito que a melhor resposta é ambas”, disse o presidente da Nintendo, Satoru Iwata, numa transmissão via Internet antes da feira comercial E3 que reúne os profissionais do sector da indústria dos videojogos, em Los Angeles (5 a 7 de Junho), e onde será apresentada a versão final da consola.

Na mesma transmissão via Internet, Iwata mostrou uma função de chat com vídeo que permitirá a comunicação entre utilizadores. “Não só [a Miiverse] pode ligar melhor as pessoas dentro de uma mesma casa, mas também ligar pessoas de casas diferentes de forma mais atractiva”, disse Satoru Iwata.

O presidente da Nintendo prometeu ainda que a Miiverse estará disponível, futuramente, em smartphones e outros aparelhos portáteis.

Na versão tradicional, Iwata disse que o controlador-tablet com ecrã táctil da Wii U virá equipado com um joystick incorporado que servirá igualmente como controlo remoto para TV.