Júlio Verne já está na Pléiade

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Com a chegada de quatro romances de Verne à Pléiade, o escritor francês entra definitivamente no cânone

A ficção-científica entrou este mês na Pléiade. Quatro romances de Júlio Verne - 20.000 Léguas Submarinas, Os Filhos do Capitão Grant, A Esfinge dos Gelos e A Ilha Misteriosa - acabam de ser lançados na prestigiada colecção francesa da editora Gallimard, a Biblioteca da Pléiade. À venda desde 15 de Maio, as Voyages Extraordinaires podem ser adquiridas numa caixa ou em dois volumes separados, cada um com dois romances. Um total de 2752 páginas e de 505 ilustrações, com um preço de lançamento especial até ao final do ano. A edição tem a direcção de académico e poeta Jean-Luc Steinmetz e as ilustrações são de Férat, Neuville, Riou e George Roux. O escritor, que é o segundo mais traduzido no mundo a seguir a Agatha Christie e continua a ser um dos dez autores clássicos mais vendidos em França, entrou assim no Olimpo da edição francesa ao lado de Voltaire, Apollinaire, Balzac, Baudelaire, Céline, Proust ou Hemingway.

Durante este mês de Maio, quem comprar três volumes da Pléiade recebe um exemplar do Album Jules Verne (com iconografia escolhida e comentada por François Angelier) que a editora dedica ao autor. Tal como escreveu Julien Gracq, "com Sade no século XVIII, Verne no século XIX e Simenon no século XX, os limites do romance ‘nobre' alargaram-se pelas margens". A partir de agora, com a entrada de Júlio Verne (1828-1905) nos livros ilustrados de papel fino da Pléiade nunca mais se pensará que o escritor francês não passa de leitura para a infância.

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