Qual é o género de economia que temos? As mulheres têm tanta voz como os homens no mundo económico? Estas são algumas questões debatidas esta quinta-feira, dia 3 de Maio, às 21h30, na tertúlia organizada pelo projecto E-storias D'igualdade na livraria Gato Vadio, no Porto. A iniciativa dedica-se maioritariamente a profissionais e estudantes de comunicação, com quem se tenta debater os estereótipos de género.
"Os grandes cargos ligados à vertente económica são ainda bastante associados ao homens", pelo que se pretende analisar os "custos que têm estes desequilíbrios de género para a sociedade", explica Cláudia Cerqueira, técnica do projecto E-storias. Este projecto foi iniciado em Janeiro pela Associação Para a Cooperação Entre os Povos (ACEP).
Estão convidados para o debate nomes como José Soeiro, dirigente do Bloco de Esquerda (BE), Maria Cândida Rocha e Silva, presidente do Conselho de Administração do Banco Carregosa, Daniel Deusdado, jornalista, e Ana Cláudia Albergaria, técnica da Rede Europeia Anti-Pobreza do Porto. A moderação fica a cargo de Sofia Branco, jornalista da Lusa.
O debate intitulado "Que género de economia?" tem por intuito saber até que ponto existem desigualdades de género entre homens e mulheres no que diz respeito à vertente económica. Outras questões a ser debatidas estão relacionadas com a ascensão a certos cargos profissionais e a determinadas áreas, pois, "em termos percentuais, ainda existe uma assimetria visível".
A iniciativa E-storias D'igualdade assenta em vários eixos, sendo um deles as tertúlias, organizadas desde Março de 2012. O principal objectivo destas conversas é o de juntar "pessoas ligadas à comunicação, de várias associações locais e da comunidade", explica Cláudia Cerqueira.
As tertúlias são desenvolvidas nos distritos do Porto e Braga. A primeira foi realizada na cidade de Guimarães, no dia 8 de Março, sob o tema "Que género de cultura?". Aproveitando o facto da cidade receber, este ano, a Capital Europeia da Cultura, os assuntos debatidos estavam relacionados com a temática do género na cultura, com o intuito de perceber se ainda existem "assimetrias de género" nesta área. Nesta sessão, procurou-se, ainda, perceber as diferenças dos papéis instituídos entre homens e mulheres e qual a função que os agentes culturais podem ter no que diz respeito à fomentação da igualdade de género.