Europa avança para missão às luas de Júpiter, à procura de vida

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A atmosfera de Júpiter é assolada por enormes tempestades DR

No valor de mais de mil milhões de euros, a missão foi aprovada na reunião das delegações dos Estados-membros da ESA (Portugal é um dos membros), em Paris. A decisão final e fornal, refere a BBC online será tomada em 2014.

A sonda partirá em 2022, lançada da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa, e chegará ao destino em 2030. Uma vez aí, a sonda, que deverá ter 11 instrumentos científicos a bordo, passará três anos em observações de três luas de Júpiter – Europa, Ganímedes e Calisto.

A Juice, que significa Jupiter Icy Moons Explorer, foi seleccionada em detrimento de outras duas missões, refere um comunicado da ESA: um observatório espacial de ondas gravitacionais, que ainda ninguém detectou; e um telescópio espacial. “Foi uma decisão difícil escolher uma missão entre estes três excelentes candidatos”, disse Alvaro Giménez Cañete, director de Ciência e Exploração Robótica da ESA. “A Juice é um passo necessário para a exploração do sistema solar exterior.”

As grandes questões que estas luas suscitam estão relacionadas com a vida: supõe-se que todas têm oceanos internos, por baixo das suas crostas geladas, refere a ESA. Será que a vida pulula nesses oceanos escondidos? Quais são, afinal, as condições para o aparecimento de vida?

Em Europa, a Juice fará medições da espessura do gelo, para identificar possíveis locais para uma missão que descerá na superfície da lua.

Júpiter, que é o maior planeta do sistema solar, com um séquito de luas (mais de 60), também não será esquecido. A atmosfera deste gigante feito de gases, o seu campo magnético e as interacções das suas principais quatro luas (que incluem Io, além de Europa, Ganímedes e Calisto) serão observadas de forma contínua pela Juice.

A caminho de Júpiter já vai a sonda Juno, da agência espacial norte-americana NASA, lançada em 2011. Entrará em órbita do planeta em 2016 e centrará as atenções principalmente nos campos gravitacionais e magnéticos. A composição de Júpiter, incluindo a percentagem de água, e as tempestades na atmosfera não ficarão de fora das observações. Espera-se que a Juno traga revelações da famosa Grande Mancha Vermelha, produzida por uma gigantesca tempestade, formada por um turbilhão de nuvens.

A última vez que Júpiter recebeu a visita de uma sonda remonta a 1995. Foi a Galileu, da NASA, que terminou a visita àquelas paragens num mergulho na atmosfera do planeta.

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