A acção de protesto “Pintar Camões”, marcada para amanhã e domingo, é, segundo o director da escola, uma iniciativa da comunidade educativa, que envolve pais, professores e alunos.

“O objectivo é pintar 24 salas, mas poderão ser mais, para melhorar as condições da escola”, afirmou Jaime João, segundo o qual “a pintura não resolve a questão estrutural do edifício, mas desta maneira chama-se a atenção para este problema”.

O director adiantou ter pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) um parecer, para verificar a necessidade da realização de obras na escola e que a resposta chegou hoje. “O relatório [do LNEC] realça a necessidade de obras com urgência”, afirmou Jaime João.

Agora, a escola vai enviar cópias do documento ao ministro da Educação, à Parque Escolar e ao director-regional de Educação de Lisboa.

O director explicou que estava previsto o início de obras na escola, a realizar pela Parque Escolar, em Agosto do ano passado, mas que foram entretanto suspensas.

No passado dia 13, o ministro assegurou no Parlamento que foi decidida a suspensão parcelar de algumas intervenções este ano (26), com retoma em 2013, e que está em curso a recalendarização de outras.

Segundo Nuno Crato, estão neste momento a decorrer obras em 48 escolas. Quanto à secundária de Camões, o director pede medidas. “Qual é o plano B? Que obras vamos fazer? O tempo está a passar e não há medidas efectivas”, disse Jaime João, ao sublinhar que “tem de haver um sinal, tem de haver um plano B para apoiar as escolas”.

A acção de protesto “Pintar Camões” realiza-se entre as 09h e as 18h de sábado e das 9h às 13h de domingo.