Sem ser perfeito - a narração “off”, sobretudo quando entra em “diálogo” com o falecido Thomas Harlan, adopta um caminho algo discutível - Linha Vermelha é uma entrada perfeitamente válida num modelo que em Portugal tem poucos precedentes: a investigação (filmada) sobre um filme (no caso o célebre Torre Bela, que Harlan rodou em pleno PREC). Face a isto, interessam menos as conclusões (é verdade, é mentira) sobre o que se passou durante a feitura do Harlan do que o processo (os documentos que se destapam, os testemunhos que se recolhem) através do qual se lá chega, que é suficientemente interpelador para ser sempre interessante. De caminho, Linha Vermelha diz, sem dizer, alguma coisa sobre o país que Portugal é hoje: “25 de Abril Sempre” e número do Cats de Lloyd Webber, espantoso gag, triste realidade.
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