Sindicatos repudiam possibilidade de subsídios só serem repostos em 2015

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Bettencourt Picanço, presidente do STE Foto: Miguel Manso

Em comunicado, a Fesap afirma que “os trabalhadores, os reformados e os pensionistas da Administração Central, Regional e Local se sentem enganados com o anúncio do primeiro-ministro relativamente à extensão, por mais um ano, dos cortes nos subsídios de férias e de Natal”.

A posição do sindicato liderado por Nobre dos Santos surge na sequência de uma entrevista de Pedro Passos Coelho à Rádio Renascença na qual afirmou que os subsídios seriam repostos apenas em 2015, e de forma gradual, após o termo do período de assistência financeira a Portugal.

O STE, liderado por Bettencourt Picanço, reforça as críticas, acusando o Governo de escolher “os trabalhadores da administração pública e os aposentados como aqueles que deviam pagar a factura do défice”. E considera que o primeiro-ministro desdisse o ministro das Finanças e um secretário de Estado (que não identifica) ao afirmar que a reposição dos subsídios deverá apenas acontecer em 2015 e de forma gradual.

A FESAP “repudia e considera inaceitável a extensão anunciada, bem como a possibilidade dessa reposição ser feita de forma faseada, colocando inclusivamente sérias dúvidas quanto à legalidade desse faseamento”.

Assim, a FESAP apela ao Governo para que, “com seriedade e respeito pelos trabalhadores e reformados e pelos compromissos que com eles assumiu, clarifique, de uma vez por todas, esta situação, colocando um ponto final no crescente clima de instabilidade e desconfiança que se instalou na Administração Pública”.

Esta manhã, no Parlamento, o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, foi confrontado pela oposição com as afirmações do chefe do Governo, onde terá garantido que o corte dos subsídios se aplicava apenas em 2012 e 2013 mas mantém que sempre disse que a reposição seria no fim do programa.