O Lx Market regressou há dois meses, com uma nova organização. O conceito é também diferente, mais moderno, mais "trendy", mais abrangente. Como explica Teresa Lacerda, uma das responsáveis, “o objectivo é que seja um 'second hand market', mas com vários tipos de segunda mão, e que as pessoas não sejam apenas feirantes, mas pessoas comuns que vão vender as coisas que têm e que já não precisam”.
O evento mantém-se aos domingos, das 11h às 18h. “Pegamos no que havia, que era a feira da fábrica, e estamos a desenvolvê-la, para que tenha uma qualidade diferente e com outras perspectivas. Não é só vender coisas em segunda mão e bijuteria, como o que acontecia antes.” Agora é feita uma selecção semanal das pessoas que vão vender, graças à inscrição que é feita através do site.
Quanto ao que pode ser vendido: “Não há limites - artigos que têm em casa, roupas, coisas que fazem, arte... quanto mais imaginativo for, mais vintage, melhor”. A organização pretende que haja diversidade nas escolhas, que se possa encontrar “coisas giras para tudo, desde que seja para vestir, para a casa, para pôr no escritório, pranchas de surf, um instrumento musical”.
Os preços são convidativos, “é a lógica do 'reuse' a um preço muito acessível”, esclarece Teresa Lacerda, “eu já não quero, mas está bom para outra pessoa”. No fundo, produtos com qualidade e a um bom preço.
Produtos 100% portugueses
Para além da vertente em 2ª mão, o Lx Market tem a vertente dos produtos nacionais, onde os pequenos produtores portugueses podem vender o que fazem: azeites, vinhos, queijos, compotas, doces tradicionais, artesanato tradicional.
Também os designers portugueses encontraram no Lx Market um espaço onde podem mostrar o seu trabalho. “Não têm uma loja, mas ao domingo vão ali e podem expor os trabalhos e, no fundo, fazer vendas. Temos tido principalmente mobiliário, como mesas e candeeiros”.
Há ainda a perspectiva cultural e de solidariedade, na qual, todos os domingos, uma instituição de solidariedade diferente tem reservado um módulo, onde pode dar a conhecer a sua causa e angariar fundos. “A Operação Nariz Vermelho e a Fundação Gil são exemplos.”
Para enriquecer o mercado ao nível do entretenimento, entre as 15h e as 18h, há sempre uma banda, alguém a tocar um instrumento, ou a representar. “Queremos apoiar bandas novas, que não sejam conhecidas, pessoas que tocam, que cantam, que possam fazer teatro, que possam fazer 'sketches'”. Com nove edições, o Lx Market tem visto o número de visitantes a aumentar, de domingo para domingo. Os organizadores garantem que é um “ambiente descontraído, de cultura, para todas as idades, no fundo, um programa de domingo alternativo”.