Américo Amorim: acordo na Galp foi "o possível"

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Américo Amorim vai reforçar poder na Galp Foto: Miguel Madeira

No entanto, questionado sobre as matérias onde gostaria de ter ido mais longe, Américo Amorim, após uma pequena pausa, afirmou apenas que estava "satisfeito" com o resultado. O empresário, e maior accionista da Amorim Energia (com 55% do capital, cabendo os restantes 45% à Esperaza, da Sonangol e de Isabel dos Santos), afirmou ainda que o seu poder na Galp é "o suficiente".

Respondendo a uma questão sobre a intenção dos seus parceiros quererem entrar directamente no capital da petrolífera, e não só através da Amorim Energia, Américo Amorim sublinhou que "esse é um problema dos angolanos, podem fazê-lo se quiserem. Já falámos sobre isso várias vezes", tendo antes dito que a relação com estes accionistas está "como sempre foi: amigável e saudável".

A Amorim Energia, liderada por Amorim, fica com direito a 15,34% do capital detido pela Eni, em três fases, mas pode passar esse direito a terceiros. Inquirido sobre se parte desse capital poderia ir para a Sonangol, afirmou apenas: "Isso é uma opção minha. Não tenho agora que falar aqui disso”.

Sobre o facto de ir substituir Murteira Nabo como chairman da empresa, relembrou que já ocupa este cargo em várias outras empresas. "Porque é que não posso ser também desta?", foi a interrogação, retórica, do empresário.

As declarações aos jornalistas foram proferidas à margem da celebração da entrada da Sinopec na Petrogal Brasil, onde os chineses ficaram com 30%, através da subscrição total de um aumento de capital que implicou um investimento de 4,8 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros, ao câmbio de hoje).

A cerimónia contou com a presença de Zhang Yaocang, vice-presidente do grupo Sinopec, de Manuel Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Galp, e do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, entre outras personalidades políticas e empresariais.

Segundo o acordo conhecido ontem, a Eni, dona de 33,34% do capital da Galp (posição idêntica à detida hoje pela Amorim Energia), irá ainda vender 18% no mercado, altura em que a Caixa Geral de Depósitos poderá também alienar a posição de 1% que ainda detém.

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