Obama visitou fronteira entre as duas Coreias
“Vocês estão na fronteira da liberdade”, disse Obama, citado pela Reuters, a 50 militares do exército norte-americano que estão na região entre fronteiras. “O contraste entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte não poderia ser mais claro, mais gritante, tanto em termos de liberdade como de prosperidade.”
O Presidente norte-americano esteve 10 minutos a olhar para a plataforma da zona, enquanto falou com os militares e depois utilizou os binóculos para observar o território da Coreia do Norte. A Zona Desmilitarizada tem quatro quilómetros de largura e atravessa de um lado ao outro a península, separando as duas Coreias desde o final da guerra, em 1953.
Na segunda-feira Obama vai juntar-se a mais 50 líderes mundiais, na capital da Coreia do Sul, para continuar a cimeira sobre segurança nuclear organizada em Washington em 2010, para ajudar a combater a ameaça do terrorismo nuclear.
A reunião acontece um mês antes do lançamento de um míssil pela Coreia do Norte. Segundo Pyongyang, a acção serve como teste para a colocação de um satélite em órbita. Mas teme-se que seja mais um passo na política de armamento nuclear do país.
O anúncio causou consternação nos países vizinhos e enfureceu os Estados Unidos que tinham reagido positivamente à promessa feita pelo regime de Pyongyang da interrupção da política nuclear em troca de ajuda alimentar dos Estados Unidos.
O lançamento do míssil no próximo mês coincide propositadamente com o dia que marca o 100º aniversário do nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung. A agência de notícias da Coreia do Sul, Yonhap, citou oficiais do exército dizendo que as partes principais do míssil foram transportadas para o local de lançamento que fica na costa Oeste da Coreia do Norte.
O Presidente dos EUA quer convencer na cimeira os líderes da China e da Rússia a pressionar Pyongyang para não realizar o teste. O Irão também vai ser discutido em Seul devido ao nuclear. Nem a Coreia do Norte nem o Irão vão estar representados.
A Casa Branca descreveu esta primeira viagem de Obama à Zona Desmilitarizada como uma mostra de força da aliança entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, e uma forma de agradecimento aos quase 30.000 militares norte-americanos que ainda estão colocados na Coreia do Sul, numa das zonas mais militarizadas do mundo.
A visita de Obama coincidiu com o final dos cem dias de luto que a Coreia do Norte instaurou devido à morte de KIm Jon-il, o querido líder, que morreu em Dezembro. Dezenas de milhares de pessoas juntaram-se na praça central Pyongyang para marcar o momento. O novo líder do estado, Kim Jong-un, e terceiro membro da família Kim a governar a Coreia do Norte, fez uma vénia ao retrato do pai.
No início do mês, o ditador fez uma visita surpresa à Zona Desmilitarizada onde olhou para a fronteira com binóculos e disse às tropas para “manterem o alerta máximo já que estavam o tempo todo numa posição de confronto com o inimigo”.
Notícia corrigida às 17h28 de dia 25 de Março. A Zona Desmilitarizada tem quatro quilómetros de largura e não de comprimento, como era dito inicialmente