A bolsa ou o Mini-Market!

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Nas prateleiras do “Mini-Market” de Xavier Almeida — instalação na Who, em Lisboa, até dia 31 de Março — há de tudo como no supermercado. Até uma seta apontada à nossa cabeça, como uma pistola que nos obriga a consumir. A bolsa ou o Mini-Market! Em promoção, há uma infindável lista de novos produtos. “Políticos corruptos, ditadores, fundamentalistas religiosos, casa com piscina, carros de luxo, 200 canais com programas de televisão para débeis mentais, indústrias falidas, desemprego, especulação financeira selvagem, crédito mal parado...” É esse rótulo (de uma “sociedade de plástico que precisa mais de uma camisa de forças do que de uma camisa de Vénus”; de uma “sociedade viciada no consumo excessivo”) que o artista colou em frascos e em caixas de cartão. Bem-vindos. LOC