Prémio Vilalva de recuperação atribuído a edifício da Baixa Pombalina

O projecto consistiu na recuperação de um edifício na Rua dos Fanqueiros
Fotogaleria
O projecto consistiu na recuperação de um edifício na Rua dos Fanqueiros DR
Interior de um dos andares recuperados
Fotogaleria
Interior de um dos andares recuperados DR
Edifício foi convertido numa unidade residencial de curta duração
Fotogaleria
Edifício foi convertido numa unidade residencial de curta duração DR
O edifício visto de fora
Fotogaleria
O edifício visto de fora DR
Outra perspectiva do edifício
Fotogaleria
Outra perspectiva do edifício DR

Criado pela Fundação Gulbenkian, o Prémio Vilalva, no valor de 50 mil euros, presta homenagem ao filantropo Vasco Vilalva e distingue, anualmente, um projecto de intervenção exemplar no âmbito do património, na área dos bens móveis e imóveis de valor cultural.

O projecto vencedor de 2011 - quinta edição do galardão - consistiu na recuperação de um edifício situado em plena baixa lisboeta, na intersecção da Rua dos Fanqueiros com a Rua da Conceição.

De acordo com a Gulbenkian, o prédio “encontrava-se em avançado estado de degradação e tinha sofrido inúmeras intervenções ao longo dos tempos que afectaram gravemente a sua unidade funcional e estrutural, nomeadamente a estrutura de gaiola, pondo em causa a protecção anti-sísmica”.

Além disso, a maior parte dos andares estava devoluta e abandonada.

Iniciado em 2007, este projecto de recuperação “propôs uma alteração tipológica do edifício, com o aumento do número de apartamentos de dez para catorze, levando à substituição integral de todas as infra-estruturas, a par de uma cuidadosa reparação dos elementos estruturais em falta”.

O edifício foi convertido em unidade residencial de curta duração, baptizado de Baixa-House, podendo, de acordo com o projecto, converter-se, no futuro, numa unidade de habitação permanente.

O júri do Prémio Vasco Vilalva 2011 - composto por Dalila Rodrigues, António Lamas, José Pedro Martins Barata e José Sarmento de Matos - escolheu três finalistas entre vinte propostas e a decisão final obteve unanimidade.

“Este projecto constituiu um esforço importante para a revitalização da Baixa como zona residencial de eleição: um exemplo de boas práticas numa zona em que a reabilitação urbana é especialmente sensível”, destacou o júri.

Entre os finalistas estavam ainda os projectos de reabilitação e reutilização de um edifício na rua de Trindade Coelho, no Porto, e a intervenção levada a cabo na Associação Comercial e Industrial de Guimarães (Casa dos Lobo Machado).

O Prémio Vasco Vilalva foi atribuído pela primeira vez em 2007 a um projecto de tratamento e divulgação da Biblioteca da Casa Sabugosa e São Lourenço, em Lisboa.

Em 2008 foi distinguido o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja pelos projectos “Monumentos Vivos” e o Festival Terras sem Sombra de Música Sacra do Baixo Alentejo.

Em 2009, o galardão foi entregue de novo no Alentejo, à recuperação e valorização das ruínas romanas da cidade de Ammaia (Marvão) e, no ano passado, foi atribuído à Irmandade do Santíssimo Sacramento, pela acção desenvolvida na recuperação e valorização da Igreja do Sacramento, no Chiado, em Lisboa.