Médicos denunciam “caminho errado” na saúde

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Médicos Unidos querem “corrigir o caminho errado que vem sendo feito nos últimos 10 anos” na saúde Nelson Garrido

A carreira médica, o internato e formação, o desemprego e as horas extraordinárias foram algumas das questões debatidas nas reuniões gerais promovidas pelos Médicos Unidos para debater “aspectos importantes” da classe. Na sequência desta ronda de debates será elaborada uma carta aberta dirigida ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, apresentando cinco propostas que visam “corrigir o caminho errado que vem sendo feito nos últimos 10 anos”.

Relativamente, por exemplo, ao internato médico, Carlos Cortes, representante dos Médicos Unidos, defende que a reestruturação – que ainda está em fase de estudo – “não respeita os critérios de qualidade”, sendo que o panorama “não é animador” para os médicos.

Carlos Cortes adianta que foram reuniões “invulgarmente participadas” e contaram com um total de 1600 médicos no ciclo de três reuniões realizadas em Lisboa, Coimbra e Porto. Promovidas por este movimento, contaram com a participação da Ordem dos Médicos e dos dois sindicatos – FNAM e Sindicato Independente dos Médicos.

Em cima da mesa esteve também a negociação de uma grelha salarial “justa” e “que respeite o estatuto e a dignidade da profissão médica”, como explica o movimento dos Médicos Unidos em comunicado. No documento pode ainda ler-se que os médicos “estão a iniciar um caminho de mobilização e de luta” para reivindicar direitos para a profissão e a “preservação de um sistema de saúde de qualidade”.

O movimento Médicos Unidos foi criado em Novembro de 2010 através de uma página no Facebook restrita a médicos onde se pretende discutir problemas socioprofissionais.

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